De Pasárgada, eu vinha,
conversando com a rainha
sobre o seu marido, o rei,
que era um tremendo gay.
“Eu não aguento mais” ela disse.
“Nada contra a sua bichisse,
Mas quando ele bebe demais
Não pode ver um belo rapaz!”
Aproveitei a situação
Para galantear a rainha
Mas oh, que desilusão
Ela negava ser minha
Procurei então a princesa
mas ela riu na minha cara
e gozou: "a mais adequada
é a senhora camareira".
Assim, fui procurar a camareira
mas ela estava com o jardineiro.
Parti então para a faxineira
Mas ela só queria saber de dinheiro:
"Quando estou no trabalho
Eu vejo quanto arrecado
Para ver se dá a quantia
Para comprar a alforria."
Agora, quem galantearei?
Não podia piorar a situação!
Mas foi maior a frustração
Quando ganhei foi o rei!
Ele confessou: “tenho uma mania,
De noite mexo com alquimia.
Produzo perfume erótico,
invento um novo narcótico".
Mas que grande desespero,
quando ele pegou no meu cabelo!
E para piorar o meu azar
Ele gostava de apanhar.
Eu precisava de ajuda,
Fui então para a igreja
Não para ver a freira
Ou muito menos a viúva.
Restava procurar o padre,
este sim, um homem de verdade:
Tinha o cinto de castidade
Das mulheres da cidade.
Assim o padre me sugeriu:
A princesa dorme com a janela aberta
Faça uma visita surpresa e gentil
E ela lhe sorrirá com uma cara sapeca.
A noite entrei pela janela
E vi a princesa dormindo.
Uma criatura tão bela
Nas mãos de um libertino…
Ela acordou assustada
E gritou pelos guardas:
“Tirem já do meu quarto
Este cachorro safado!”
Na corte eu fui julgado
E a sentença foi dada:
Ter um caso com o monarca
Ou para sempre exilado.
Fui-me embora de Pasárgada
Lá seria amante do rei.
Sem a mulher que eu quero
Na cama que eu escolherei.
Sou um sedutor frustrado,
Um Don Juan barato.
Mas se não valho um tostão,
Aproveite a promoção
Corre de pasárgada!
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