quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sobre Ciências Humanas e Movimentos Sociais

A descrença na humanidade continua a crescer a medida em que se freqüenta qualquer faculdade de ciências humanas. Os habitantes desse tipo de lugar apresenta uma certa semelhança com os torcedores do atlético mineiro: vivem somente de glórias passadas. Os antigos jovens estudantes que lutaram contra a ditadura, e passaram maus bocados, hoje são quarentões e cinquentões de vida feita (ou desfeita). A ditadura já se foi, mas, a guerra contra a mesma continua em alta. É claro que respeito e admiro aqueles que lutaram pelos sonhos de muitos, pela liberdade e por direitos. Porém, os estudantes de hoje se apegarem somente a isso chega a ser patético. Não podemos dizer que temos um movimento estudantil se somente poucos se sentem representados. Aliás, meu camarada, os mais necessitados de ajuda e representação geralmente estão sendo porcos capitalistas para colocar comida na boca.




Em uma breve análise dos revolucionários das ciências humanas encontramos somente picaretagem e inutilidade. Os madrugas das ciências sociais andam falando demais e fazendo de menos. Se vestem com calças xadrez e fumam um baseado durante um passeio fora da sala no diretório acadêmico. Os cabelos grandes são embolados e sujos: até ganha até nomeação de penteado dread. Na história, o pessoal é mais pacato e não costuma tomar partido em decisões revolucionárias. Caso algum se encontre por lá, possuirá uma barba. Os indie da comunicação tentam, sem nem chegar perto de conseguir, serem diferentes e alternativos. Os filósofos se escondem em cantos obscuros e possuem barbas e cabelos compridos. Possivelmente, foram metaleiros e góticos durante a adolescência. Tenho uma teoria de que muitos feios, gordinhos e esquisitos têm uma tendência a se transformarem em góticos, metaleiros e emos durante a puberdade. Por vezes, jogadores de RPG. O que explicaria o maior índice de suicídio, porém, não pelo objeto de estudo em si, mas pelas pessoas com o perfil estereotipado que prestam vestibular para a área. Os psicólogos não suportam a TPM concomitante e continua das psicólogas e acabam migrando para a ala dos revoltados sem causa.

O que têm em comum todo esse bando é que geralmente, vivem de paitrocínio de um banqueiro, empresário ou um camarada bem sucedido que veio a ser progenitor da criatura. Moram na região nobre da cidade e têm carro próprio doado por papai. Aqueles que precisam de estágio para continuar estudando e pegam quatro conduções por dia, convenhamos, não possui tempo suficiente para entrar em confusão. Não tiro a importância de um movimento estudantil, desde que forte, coeso e representativo. Ora, há uma enorme passividade atualmente que tudo que lhe é negado o movimento simplesmente abaixa a cabeça e sai com o rabinho entre as pernas. Tudo isso porque são filiados a partidos e não querem prejudicar o emblema deles. Não queremos ver mortes, mas pelo menos umas bombas e uns carros queimados ajudariam a realmente mudar alguma coisa.

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